quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Assembleia Estadual da APP

Segue a pauta da assembleia estadual que estáq marcada para sábado (27)

a) Informes;
b) Negociações com o Governo;
c) Mobilização;
d) Adiamento do XI Congresso Estadual da APP-Sindicato;
e) Autorização para construção das sedes dos Núcleos Sindicais;
f) Referendo dos delegados da APP para o 31º Congresso Nacional da CNTE.

Como prevíamos, não há nada sobre a questão do rombo da previdência. Nós da oposição estaremos propondo a inclusão de pauta desse tema tão importante que não pode ser jogado para baixo do tapete.

Outra questão é o adiamento do congresso da categoria. Onde isso foi discutido? O congresso é estatutário e vamos cobrar da direção do sindicato o motivo dessa arbitrariedade.

Vamos todos à assembleia!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Pequena análise de uma reportagem da Veja sobre Tropa de Elite 2

Na revista Veja (edição 2190 - ano43 - número 45 de 10 de novembro de 2010) a reportagem de capa é sobre a mais nova produção cinematográfica brasileira: Tropa de Elite 2.

A reportagem de nome "O PRIMEIRO SUPER-HERÓI BRASILEIRO", trabalha na construção do Capitão Nascimento (personagem principal do filme) enquanto sendo a figura de um herói.
Isso a despeito de o mesmo aceitar a tortura de prisioneiros como diz o próprio José Padilha (Diretor do Filme) "Ele tortura inocentes e mata pessoas que deveria prender. Não tem as virtudes morais que o senso comum exige de um Herói". Mas, para rebater o diretor a revista diz: "Mas um herói - em particular, um herói de ficção - não precisa se apresentar como um ser humano exemplar, de moral irretocável.(P.127)"
Ou seja, a revista transforma Nascimento em um Herói, e diz que o único problema do filme é que ele "desaponta: na invocação de uma ide ia de "sistema", cuja engrenagem perversa seria tão carregada pela inércia da corrupção e da ineficiência que giraria sozinha, a despeito de tudo e de todos. Mas não há "sistema" (segundo a revista): o que há é a soma das ações dos indivíduos (P.127)", assim mesmo elogiando o personagem principal, a revista faz uma crítica ao filme, reproduzindo uma noção individualista do capitalismo, onde se coloca que o individuo é dono completo de sí mesmo.

Como se ele não fizesse parte de um tempo histórico e de uma realidade social. A frase:"... a soma das ações dos indivíduos,..." reproduz uma visão de mundo que para a revista já é de praxe (é só observar o histórico de posições da revista em suas reportagens), onde o problema das mazelas do planeta são única e exclusivamente de cunho individual.

E ao você colocar a culpa sobre todos, você dissolve a culpa como açucar na água, e assim ela p assa a ser de ninguém, naturalizando assim o que se vê por aí.

Se a pessoa não tem emprego, o problema é por que ela não procura ou não se aperfeiçoa, não existe (para a revista) a possibilidade de sequer cogitar a avaliação de que o sistema econômico precisa do desemprego na figura de um exercito indústrial de reserva. No mesmo sentido se existe corrupção é por que o indivíduo é corrupto, e não por que existe um sistema que naturaliza a corrupção pondo o lucro (venha ele da maneira que vier) sempre acima do bem estar coletivo e da vida.
Percebe-se também na reportagem (uma reportagem de capa com 8 páginas) a ausência completa do nome do personagem Marcelo Fraga (Deputado Estadual que junto com Capitão Nascimento combate as milícias) apesar do mesmo atuar em conjunto com o Capitão Nascimento no filme. E se há ausência do personagem o que se dirá da pessoa que inspirou o personagem, o deputado do PSOL Marcelo Freixo?

Ao não citar o Deputado Fraga a revista deixa de trabalhar as conexões existentes entre o Estado e as milícias, a única menção que a reportagem faz a corrupção política é quando menciona a surra que o personagem Capitão Nascimento dá em um político corrupto, pautando assim o problema da milícia e da corrupção como sendo um problema de ações individuais de políticos e/ou políciais corruptos.

Assim, apesar do filme faze-lo, a reportagem não trabalha as conexões das milícias com grupos políticos, e o fato de que estas estão inseridas dentro do Estado seja através de representantes eleitos, ou membros dos altos escalões da administração civil e militar, e a maneira como estas nasceram patrocinadas pelo próprio Estado e incentivadas pelo sistema.

Mas, pelo cunho da reportagem esta ausência já era esperada, pois se ela fosse trabalhar esta questão, ela estaria caindo em contradição ao invocar os problemas das milícias como sendo única e exclusivam ente um problema moral de policiais corruptos, e teria de admitir a existência do sistema (capitalista), assim como teria de ao menos mencionar o nome de um Deputado de um partido de esquerda que vêm combatendo este sistema: O Deputado Marcelo Freixo do Rio de Janeiro.
Em resumo, a reportagem da Veja desvirtua completamente o sentido e a lição que o filme Tropa de Elite 2 quer passar para o público: A lição de que existe um sistema por trás das ações individuais, que pauta muitas vezes estas ações na intenção de uma continuidade. A lição de que o Estado, não passa muitas vezes, de um braço organizado para a manutenção de uma economia que faz da "segurança pública" uma segurança de morte.

E que o problema das milicias e da corrupção, seja na polícia ou em qualquer outro setor do governo, vai muito além da questão moral do individuo, mas que a corrup ção é sangue que nutre o Sistema Economico Capitalista, ele não pode viver sem ela.

Afinal, corrupto também consome, e o que vale nesse sistema é o consumo e não a moral ou a vida!

Só haverá fim da corrupção (em nível geral) quando a vida estiver acima das questões econômicas, quando desastres que matam pessoas não serem mais (por exemplo) contabilizados em prejuízos de dólares!
Fica a lição do Filme e não da revista!
E fica o orgulho de ter no país um partido (PSOL) e um Deputado e militante como Marcelo Freixo, se a revista não lhe deu o destaque e o agradecimento merecido, eu o faço aqui!

E de forma individual, fica o orgulho de fazer parte da base deste partido e de certa forma ter Marcelo Freixo como camarada!

Assinado:
Luciano Egidio Palagano
Marechal Cândido Rondon  - PR
Presidente do Partido Socialismo e Liberdade de Marechal Cândido Rondon
Militante da Pastoral Operária, Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Paraná (APP - Sindicato)
Movimento Estudantil da UNIOESTE
Acadêmico de Direito e História  - UNIOESTE Campus de Marechal Cândido Rondon - PR.

sábado, 20 de novembro de 2010

Governo prepara ataques ao servidor público do Paraná

Mais uma vez fomos surpreendidos com uma notícia de mais ataques aos trabalhadores em educação. Dessa vez, o ataque é à previdência do trabalhador.

Após a divulgação pelo Tribunal de Contas (TC) do rombo na previdência do servidor público do Paraná de 3,2 bilhões, o governo do estado procura resolver o problema atacando os trabalhadores. Aumento da contribuição de 10 para 11% e taxação de aposentados e pensionistas faz parte do pacote enviado pelo governador Orlando Pessutti à Assembleia Legislativa do Paraná.

Como parte de uma política de aumentar cada vez mais os lucros dos bancos e das grandes empresas, o governo Requião/Pessuti, no fim de seu governo, (acompanhando as reformas antipopulares em alguns países da Europa e já defendidas por Serra e Dilma no processo eleitoral como necessárias) joga a conta dessa “farra do lucro”para os trabalhadores pagar.

Para onde foi esse dinheiro, porque não houve os repasses necessários do governo estadual (Lerner e Requião) para compor o Fundo Previdenciário são as primeiras questões que não podem ficar sem resposta. Outra coisa que não pode ficar sem resposta é a mobilização dos servidores públicos.

Qual a posição de nosso sindicato?

Apesar de se posicionar contra esse projeto, a direção da APP insiste em utilizar o método dos acordos com o governo. Dizem estar negociando com o governo e os partidos, porém ao menos chamaram a categoria para discutir. Pior que isso, é que a questão da previdência sequer foi colocada na pauta da próxima assembleia estadual do dia 27.

Oposição defende uma saída dos trabalhadores!

Nós da oposição alternativa defendemos que os trabalhadores em educação devem decidir sobre essa questão em assembleia, deliberando democraticamente os seus planos de luta, pois somente com muita luta esse projeto será derrubado. Não é possível, que após tantas traições, mais uma vez deixaremos nas mãos da negociação entre sindicato e governo essa questão tão importante para nós. Temos o dever de participar desse processo.

Vamos à assembleia dia 27?

É por isso que estamos convidando todos os trabalhadores em educação a ir à Curitiba, no próximo sábado, participar da assembleia estadual da APP. Temos que cobrar da direção do sindicato a inclusão na pauta da assembleia dessa questão tão importante.

Vamos juntos companheiros!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ainda há o que fazer esse ano?

Ainda há o que fazer esse ano?

Muitos colegas de trabalho tem nos perguntado se, em relação às nossas reivindicações e lutas, esse ano chegou ao fim, se esperamos o novo governo ou se ainda temos o que fazer. Nós da oposição alternativa acreditamos que temos muito a fazer, começando pela assembleia estadual do dia 27.

Em primeiro lugar, não podemos eximir a culpa do governo Requião/Pessuti de um lado e de outro a posição atrelada da direção do sindicato, por termos terminado mais um ano sem conquistas importantes.

 Continuamos com baixos salários, mais de um ano se passou e nada do pagamento dos avanços, continuamos em número insuficiente e agora, professores sem receber salários. Chegamos ao fundo do poço! Infelizmente, isso deve ser dito.

Ainda temos algumas tarefas importantes pela frente:

A primeira delas é nos antecipar às discussões de nossa pauta de reivindicações e nossos planos de atuação para 2011. Esse ano, a direção do sindicato sentou primeiro com o governo antes de discutir com a categoria e depois, somente nos informou qual seria a pauta (sem nenhum planejamento para a luta, já que para eles, o governos estava disposto a negociar tudo). Deu no que deu.

Logo no início de 2011, temos que forçar o sindicato a chamar uma assembleia para discutir nossa pauta de reivindicações para o ano e discutir um plano de lutas, vencendo assim essa posição de atrelamento e negociações de gabinete da direção do sindicato. Temos que chamar os educadores para discutir e aprovar essa pauta e os planos de luta, democraticamente.

Vamos juntos construir nossa luta!!!

A segunda questão é em relação ao congresso da categoria. O Congresso da APP deve ser o espaço mais democrático e amplo. Segundo o estatuto da APP, ocorre a cada 3 anos. Nele poderemos debater a forma como estão sendo encaminhadas as atividades do sindicato, a linha política do sindicato. É lá que poderemos votar o fim de todo esse atrelamento da direção do sindicato aos governos estadual e federal, defendido pela direção do sindicato e pela CUT, central a qual o sindicato é filiado.

Infelizmente, as luzes de 2010 estão se apagando e a direção do sindicato sequer se pronunciou pela realização do congresso que, para respeitar o estatuto e os trabalhadores em educação, deverá ser realizado ainda em 2010. Não podemos permitir que nos enrolem!

Pela realização do congresso da APP

A categoria tem o direito e o dever de intervir nos rumos do sindicato

Sabemos que o governo de Beto Richa será de muitos ataques ao setor público e a educação, certamente estará entre eles.

Temos o dever de retomar o modelo sindical que a direção da APP/CUT abandonou. Temos que defender um sindicalismo independente do governo e que se prepare para as lutas que virão. Conhecemos muitos colegas que não são filiados ao sindicato. Temos que conversar com esses colegas e dizer para se filiarem, na perspectiva de fortalecer a luta.

Temos que participar das assembleias e exigir da direção do sindicato um espaço para que todos possam debater suas propostas e que não fiquem somente nos informes intermináveis do governo, repassados pela direção do sindicato.

Convidamos todos a participar da assembleia do dia 27 de novembro (sábado) para debatermos essas e outras questões.

Vamos à assembleia, convide seus colegas!!!

Vamos começar a mudar os rumos de nosso sindicato