quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CSP-Conlutas divulga abaixo-assinado contra aumento dos parlamentares

A CSP-Conlutas recolherá assinaturas em todo o país contra o aumento abusivo aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado. Leia abaixo a nota divulgada pela central

Não podemos aceitar o aumento aprovado pelo Congresso Nacional para o Legislativo e Executivo. A aprovação desse Projeto de Lei vai representar um reajuste de 61,83% no salário dos senadores e dos deputados federais, de 133,96% para o salário do presidente da República e de 148,63% no do vice-presidente e dos ministros. Aumentos que nenhum trabalhador conseguiu nesse período.

Esse reajuste inaceitável para a esfera federal será estendido para as esferas estaduais e municipais, ou seja, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados estaduais, governadores e seus vices.

Esse escândalo torna-se ainda maior quando observamos que os mesmos parlamentares querem reajustar o salário mínimo em R$ 30 em 2011. São eles também que defendem arduamente congelar o salário do funcionalismo federal por dez anos e dizem que dar reajuste aos aposentados superior à inflação vai quebrar a previdência. Os argumentos são a falta de recursos e a tal da austeridade fiscal.

É necessário repudiar essa atitude abusiva dos parlamentares urgentemente. A CSP-Conlutas está encaminhando um abaixo-assinado eletrônico. Envie o texto abaixo para toda a sua lista e depois a envie para http://www.blogger.com/mc/compose?to=secretaria@cspconlutas.org.br

_________________________________________________________________________________________________________________________________

Abaixo-assinado eletrônico

A Câmara de Deputados e o Senado Federal aprovaram, nesta quarta-feira (15), um Projeto de Lei que aumenta os salários dos próprios deputados e senadores, dos ministros do Estado, do vice-presidente e do presidente da República para R$ 26.723,13, valor igual ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, teto salarial dos servidores públicos.

Os reajustes variam de 62% a 148%, índices que nenhuma categoria profissional teve direito.

Ou seja, nesse caso, o chamado “equilíbrio das contas públicas”, argumento utilizado para não conceder um reajuste digno do salário mínimo, aposentadorias e pensões não é aplicado para os próprios membros do Executivo e Legislativo.

Essa decisão é um desrespeito com os trabalhadores e com a sociedade brasileira, ainda mais se observarmos que na proposta de orçamento em discussão para 2011, o reajuste previsto para o salário mínimo é de míseros R$ 30,00.

Apesar de ter sido vergonhoso, o aumento contou com o apoio do presidente Lula e da presidente eleita, Dilma Rousseff, e com a aprovação da ampla maioria dos partidos e parlamentares.

Fazemos um chamado a todos os trabalhadores a se manifestarem contra este aumento absurdo. Fazemos um chamado às centrais a denunciar esse escândalo e exigir aumento geral dos salários.

- Revogação imediata do reajuste concedido aos deputados, senadores, ministros, vice-presidente e presidente da República

- Aumento aos aposentados!

- Fim do fator previdenciário!

- Não à reforma da previdência!

- Dobrar imediatamente o valor do salário mínimo!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

GOVERNO ATACA A EDUCAÇÃO

Sem “avanços” para apresentar, direção estadual da APP  é obrigada a convocar paralisação!

Diante de todos os ataques anunciados pelo governo e pela mídia, a categoria está com a paciência esgotada. O governo Pessuti enviou projeto à Assembleia Legislativa de aumento da contribuição previdenciária de 10 para 11% e possível taxação de aposentados. Isso é inaceitável. Onde estão os 4,5 bilhões que sumiram do PRPrevidência?

 Em nível nacional Dilma pretende fazer uma reforma da previdência no início do seu mandato. Será mera coincidência? Os funcionários de escola aguardam o retroativo dos avanços (desde agosto de 2009), os professores esperam pela implantação dos avanços. Situação vergonhosa para o governo. Professores PSS sem salários é uma provocação. Falta de professores nas escolas no final do ano, um caos. Por incrível que pareça, a imprensa denuncia mais a falta de professores do que a direção do sindicato! E para 2011 provavelmente haverá cortes no orçamento da educação.

 Além disso, há os velhos problemas que se arrastam: funcionários PSS sem receber auxílio transporte, míseros 50 reais de vale alimentação, salas superlotadas, hora atividade de 33% vetada pelo governo (queremos 50%), falta de professores e funcionários, muitos trabalhadores doentes e até afastados devido à sobrecarga e a falta de assistência do vergonhoso SAS, etc. "E o salário ó!!!".

A DIREÇÃO SINDICAL E O DISTANCIAMENTO DAS BASES:

A direção estadual do sindicato sabe dos problemas acima, mas não os sente na pele. Afinal muitos membros estão afastados da escola há 15 anos ou mais. Alguns até mais de 20 anos!

Diante dos problemas que os educadores enfrentam, a reação da direção do sindicato deveria ser de enfrentar o governo. Mas nos últimos anos não é isso que acontece. Na assembleia estadual do dia 27/11 não foi diferente: a maioria da direção estadual fez de tudo para impedir a luta. Havia a proposta de paralisar no dia 07/12. Nossa oposição reforçou essa proposta, pois além de todos os problemas citados, havia a paralisação nas universidades. Grande parte da direção estadual da APP-

Sindicato não queria paralisação e fez várias manobras, inclusive desrespeitando votações da própria assembleia. Percebendo que perderiam a votação, manobraram para uma possível paralisação no dia 13/12, acreditando que ela não seria necessária! Ficou aprovado: vigília dia 06, ato público no dia 07/12 e talvez paralisação dia 13. Ou seja, nos dias 06 e 07, tivemos que trabalhar e lutar ao mesmo tempo!

Mais uma vez, a luta foi freada. Nas próximas assembléias não envie representante, participe diretamente! Só assim poderemos impedir as manobras daqueles que defendem o governo. Daqueles que disseram que havia um acordo com o governo e, por isso não poderia paralisar no dia 07. Que acordo é esse? Você foi consultado?

PARALISAÇÃO DO DIA 13/12:
Quanto ao dia 13, só haveria paralisação caso não tivesse avanços nas negociações com o governo. Para a direção estadual do sindicato, qualquer promessa de pagamento de salário no fim do mês é apresentada como um “avanço”! Assim, esperavam poder apresentar alguns “avanços” para a categoria sem precisar paralisar. Diante da recusa do governo foram obrigados a convocar paralisação.

A política da direção estadual de negociar sem enfrentar o governo tem trazido muitos prejuízos para os educadores. Se você entende que a negociação é importante, mas a luta e a independência em relação ao governo são fundamentais, então comungamos do mesmo princípio. Nós entendemos que somente com muita luta poderemos garantir nossos direitos.

Em 2011 haverá congresso estadual da APP. Participe do sindicato: se não é sindicalizado(a), sindiucalize-se, compareça às reuniões e assembleias. Precisamos de um sindicato de luta. Somente com a participação de todos(as) isso será possível.


APP DE LUTA E PELA BASE – OPOSIÇÃO ALTERNATIVA

Construindo a CSP-CONLUTAS: www.conlutas.org.br

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Balanço da assembleia estadual do dia 27

TRATORAÇO NA ASSEMBLEIA ESTADUAL DA APP-SINDICATO
Mais uma vez a direção do sindicato atropelou a democracia na assembléia

A assembleia estadual da categoria começou novamente com os informes do governo, repassados pela presidente do sindicato, Marlei Fernandes.
O ponto seguinte era a mobilização. Como sempre, tentaram reduzir ao máximo o debate para falar primeiro só quem teria propostas diferentes daquelas aprovadas na reunião do conselho estadual no dia anterior. Quando a pessoa se dirigia ao microfone, já gritavam da mesa e alguns burocratas da plenária interrompendo a fala e pedindo a proposta. Isso, claro, numa tentativa descarada de despolitizar ao máximo o debate.
Depois disso tentaram reduzir ao máximo o número de falas em defesa das propostas apresentadas. Havia duas divergências principais:

1-   Um grupo que não queria nenhuma paralisação, proposta defendida por parte da direção estadual (DS) e algumas pessoas da base e de direções regionais.
2-   Outro grupo que queria paralisação no dia 07 de dezembro (data da reunião do fórum de servidores e da paralisação das universidades).

 Nós da oposição alternativa e outros setores defendemos a proposta 2 e inclusive parte da direção estadual também reforçou essa proposta tentando aprovar uma paralisação. Assim, desta vez a direção estadual estava dividida, o que às vezes ocorre por posições oportunistas.
O momento exige uma ação firme do sindicato devido ao projeto que ataca os servidores com a mudança na Previdência, a falta de professores nas escolas, a enrolação dos avanços, sem contar todo o restante da pauta de reivindicações. Tínhamos a possibilidade de uma ação conjunta com as universidades, o que não acontece desde a greve de 2001 onde a APP entrou juntamente com outros setores em greve, mas depois os abandonou, devido a pouca adesão da categoria mas, principalmente, ao papel nefasto de dirigentes do sindicato. Esses momentos de unidade de diversos setores em luta são fundamentais para a organização e vitória dos trabalhadores.
Voltando à votação. Foi encaminhada a votação sobre os favoráveis e os contrários à paralisação. Antes da votação a presidente do sindicato manobrou para ter uma só fala de cada lado (contrários e favoráveis), sendo que havia sido aprovado 3 falas. Mesmo assim, a maioria aprovou a paralisação. Em seguida iria ser debatida e votada a data da paralisação:

1    - se seria no dia 07 ou

2- no dia 13 de dezembro.

 A defesa de um professor da direção estadual foi de que havia um acordo com o governo para esperar uma resposta até dia 10/12. Então, segundo ele, não poderíamos parar no dia 07, pois iria descumprir o acordo! Uma vergonha!!!
 A própria presidente do sindicato foi obrigada a negar esse suposto acordo, pois havia ficado feio diante do plenário. Nossa oposição, parte da direção estadual e outros setores, defenderam a paralisação no dia 07 de dezembro. Porém nas falas principalmente da presidente Marlei e do professor Miguel, ficou claro que estes eram contra a paralisação, mas com medo de perder a votação fizeram proposta de parar no dia 13, caso a reunião do dia 07 não tenha “avanços”.
 Mesmo depois de votado que haveria a paralisação a presidente do sindicato defendeu essa ideia e encaminhou a votação nesses termos: paralisação dia 07 ou mobilização sem paralisação no dia 07 (vigília, ato em Curitiba e nas regionais) e possível paralisação no dia 13, a depender das negociações. Foi aprovada a segunda proposta. Ou seja, parte da direção do sindicato (DS) passou por cima da própria votação da assembleia que havia recém aprovado paralisação. Denunciamos essa e outras manobras, mas não fomos atendidos.
Além disso, foi aprovado o adiamento do congresso estadual da APP para o primeiro semestre de 2011. Deveria ser esse ano, mas devido às eleições e às críticas que haveria a Requião/Osmar Dias, Lula/Dilma (que a direção tanto defendeu) e também às cobranças de mudança na linha que o sindicato tem tomado, ficaram bem quietos até adiar na “calada da noite” (final do ano), quando não haveria mais tempo para realizar o congresso. Denunciamos esse fato também.
Outro ponto aprovado foi a construção e financiamento da sede estadual da APP e de várias sedes em núcleos sindicais. Foi aprovado um empréstimo de 3 milhões de reais para a APP para essas construções!
Encaminhamentos:
Precisamos ir às escolas e denunciar essas manobras. Mas não podemos deixar de participar da vigília e outros atos que terão. Provavelmente teremos mobilizações fracas, já que não terá paralisação. Mas é importante participarmos, convidar os colegas de trabalho e, se possível, elaborar um pequeno boletim (meia página no máximo) colocando a questão do ataque à previdência (que a direção da APP quase não fala), relacionando-o com a reforma que Dilma pretende fazer.
Além disso, abordar outros pontos pendentes da pauta e denunciar mais essa manobra da direção estadual na assembleia. Não está completamente descartada a possibilidade de paralisação no dia 13 de dezembro, mas dificilmente irá ocorrer, tendo em vista que para a direção estadual até pagar salário com 2 meses e meio de atraso é considerado um “avanço”.
Também temos que nos preparar para o ano que vem. Parte importante da direção do sindicato já deixa bem claro que deverá manter a linha de negociações intermináveis e “bom diálogo” com Flavio Arns, Secretário de Beto Richa. Hoje colhemos os frutos podres dessa política adotada pelo sindicato durante o governo Requião.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Assembleia Estadual da APP

Segue a pauta da assembleia estadual que estáq marcada para sábado (27)

a) Informes;
b) Negociações com o Governo;
c) Mobilização;
d) Adiamento do XI Congresso Estadual da APP-Sindicato;
e) Autorização para construção das sedes dos Núcleos Sindicais;
f) Referendo dos delegados da APP para o 31º Congresso Nacional da CNTE.

Como prevíamos, não há nada sobre a questão do rombo da previdência. Nós da oposição estaremos propondo a inclusão de pauta desse tema tão importante que não pode ser jogado para baixo do tapete.

Outra questão é o adiamento do congresso da categoria. Onde isso foi discutido? O congresso é estatutário e vamos cobrar da direção do sindicato o motivo dessa arbitrariedade.

Vamos todos à assembleia!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Pequena análise de uma reportagem da Veja sobre Tropa de Elite 2

Na revista Veja (edição 2190 - ano43 - número 45 de 10 de novembro de 2010) a reportagem de capa é sobre a mais nova produção cinematográfica brasileira: Tropa de Elite 2.

A reportagem de nome "O PRIMEIRO SUPER-HERÓI BRASILEIRO", trabalha na construção do Capitão Nascimento (personagem principal do filme) enquanto sendo a figura de um herói.
Isso a despeito de o mesmo aceitar a tortura de prisioneiros como diz o próprio José Padilha (Diretor do Filme) "Ele tortura inocentes e mata pessoas que deveria prender. Não tem as virtudes morais que o senso comum exige de um Herói". Mas, para rebater o diretor a revista diz: "Mas um herói - em particular, um herói de ficção - não precisa se apresentar como um ser humano exemplar, de moral irretocável.(P.127)"
Ou seja, a revista transforma Nascimento em um Herói, e diz que o único problema do filme é que ele "desaponta: na invocação de uma ide ia de "sistema", cuja engrenagem perversa seria tão carregada pela inércia da corrupção e da ineficiência que giraria sozinha, a despeito de tudo e de todos. Mas não há "sistema" (segundo a revista): o que há é a soma das ações dos indivíduos (P.127)", assim mesmo elogiando o personagem principal, a revista faz uma crítica ao filme, reproduzindo uma noção individualista do capitalismo, onde se coloca que o individuo é dono completo de sí mesmo.

Como se ele não fizesse parte de um tempo histórico e de uma realidade social. A frase:"... a soma das ações dos indivíduos,..." reproduz uma visão de mundo que para a revista já é de praxe (é só observar o histórico de posições da revista em suas reportagens), onde o problema das mazelas do planeta são única e exclusivamente de cunho individual.

E ao você colocar a culpa sobre todos, você dissolve a culpa como açucar na água, e assim ela p assa a ser de ninguém, naturalizando assim o que se vê por aí.

Se a pessoa não tem emprego, o problema é por que ela não procura ou não se aperfeiçoa, não existe (para a revista) a possibilidade de sequer cogitar a avaliação de que o sistema econômico precisa do desemprego na figura de um exercito indústrial de reserva. No mesmo sentido se existe corrupção é por que o indivíduo é corrupto, e não por que existe um sistema que naturaliza a corrupção pondo o lucro (venha ele da maneira que vier) sempre acima do bem estar coletivo e da vida.
Percebe-se também na reportagem (uma reportagem de capa com 8 páginas) a ausência completa do nome do personagem Marcelo Fraga (Deputado Estadual que junto com Capitão Nascimento combate as milícias) apesar do mesmo atuar em conjunto com o Capitão Nascimento no filme. E se há ausência do personagem o que se dirá da pessoa que inspirou o personagem, o deputado do PSOL Marcelo Freixo?

Ao não citar o Deputado Fraga a revista deixa de trabalhar as conexões existentes entre o Estado e as milícias, a única menção que a reportagem faz a corrupção política é quando menciona a surra que o personagem Capitão Nascimento dá em um político corrupto, pautando assim o problema da milícia e da corrupção como sendo um problema de ações individuais de políticos e/ou políciais corruptos.

Assim, apesar do filme faze-lo, a reportagem não trabalha as conexões das milícias com grupos políticos, e o fato de que estas estão inseridas dentro do Estado seja através de representantes eleitos, ou membros dos altos escalões da administração civil e militar, e a maneira como estas nasceram patrocinadas pelo próprio Estado e incentivadas pelo sistema.

Mas, pelo cunho da reportagem esta ausência já era esperada, pois se ela fosse trabalhar esta questão, ela estaria caindo em contradição ao invocar os problemas das milícias como sendo única e exclusivam ente um problema moral de policiais corruptos, e teria de admitir a existência do sistema (capitalista), assim como teria de ao menos mencionar o nome de um Deputado de um partido de esquerda que vêm combatendo este sistema: O Deputado Marcelo Freixo do Rio de Janeiro.
Em resumo, a reportagem da Veja desvirtua completamente o sentido e a lição que o filme Tropa de Elite 2 quer passar para o público: A lição de que existe um sistema por trás das ações individuais, que pauta muitas vezes estas ações na intenção de uma continuidade. A lição de que o Estado, não passa muitas vezes, de um braço organizado para a manutenção de uma economia que faz da "segurança pública" uma segurança de morte.

E que o problema das milicias e da corrupção, seja na polícia ou em qualquer outro setor do governo, vai muito além da questão moral do individuo, mas que a corrup ção é sangue que nutre o Sistema Economico Capitalista, ele não pode viver sem ela.

Afinal, corrupto também consome, e o que vale nesse sistema é o consumo e não a moral ou a vida!

Só haverá fim da corrupção (em nível geral) quando a vida estiver acima das questões econômicas, quando desastres que matam pessoas não serem mais (por exemplo) contabilizados em prejuízos de dólares!
Fica a lição do Filme e não da revista!
E fica o orgulho de ter no país um partido (PSOL) e um Deputado e militante como Marcelo Freixo, se a revista não lhe deu o destaque e o agradecimento merecido, eu o faço aqui!

E de forma individual, fica o orgulho de fazer parte da base deste partido e de certa forma ter Marcelo Freixo como camarada!

Assinado:
Luciano Egidio Palagano
Marechal Cândido Rondon  - PR
Presidente do Partido Socialismo e Liberdade de Marechal Cândido Rondon
Militante da Pastoral Operária, Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Paraná (APP - Sindicato)
Movimento Estudantil da UNIOESTE
Acadêmico de Direito e História  - UNIOESTE Campus de Marechal Cândido Rondon - PR.

sábado, 20 de novembro de 2010

Governo prepara ataques ao servidor público do Paraná

Mais uma vez fomos surpreendidos com uma notícia de mais ataques aos trabalhadores em educação. Dessa vez, o ataque é à previdência do trabalhador.

Após a divulgação pelo Tribunal de Contas (TC) do rombo na previdência do servidor público do Paraná de 3,2 bilhões, o governo do estado procura resolver o problema atacando os trabalhadores. Aumento da contribuição de 10 para 11% e taxação de aposentados e pensionistas faz parte do pacote enviado pelo governador Orlando Pessutti à Assembleia Legislativa do Paraná.

Como parte de uma política de aumentar cada vez mais os lucros dos bancos e das grandes empresas, o governo Requião/Pessuti, no fim de seu governo, (acompanhando as reformas antipopulares em alguns países da Europa e já defendidas por Serra e Dilma no processo eleitoral como necessárias) joga a conta dessa “farra do lucro”para os trabalhadores pagar.

Para onde foi esse dinheiro, porque não houve os repasses necessários do governo estadual (Lerner e Requião) para compor o Fundo Previdenciário são as primeiras questões que não podem ficar sem resposta. Outra coisa que não pode ficar sem resposta é a mobilização dos servidores públicos.

Qual a posição de nosso sindicato?

Apesar de se posicionar contra esse projeto, a direção da APP insiste em utilizar o método dos acordos com o governo. Dizem estar negociando com o governo e os partidos, porém ao menos chamaram a categoria para discutir. Pior que isso, é que a questão da previdência sequer foi colocada na pauta da próxima assembleia estadual do dia 27.

Oposição defende uma saída dos trabalhadores!

Nós da oposição alternativa defendemos que os trabalhadores em educação devem decidir sobre essa questão em assembleia, deliberando democraticamente os seus planos de luta, pois somente com muita luta esse projeto será derrubado. Não é possível, que após tantas traições, mais uma vez deixaremos nas mãos da negociação entre sindicato e governo essa questão tão importante para nós. Temos o dever de participar desse processo.

Vamos à assembleia dia 27?

É por isso que estamos convidando todos os trabalhadores em educação a ir à Curitiba, no próximo sábado, participar da assembleia estadual da APP. Temos que cobrar da direção do sindicato a inclusão na pauta da assembleia dessa questão tão importante.

Vamos juntos companheiros!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ainda há o que fazer esse ano?

Ainda há o que fazer esse ano?

Muitos colegas de trabalho tem nos perguntado se, em relação às nossas reivindicações e lutas, esse ano chegou ao fim, se esperamos o novo governo ou se ainda temos o que fazer. Nós da oposição alternativa acreditamos que temos muito a fazer, começando pela assembleia estadual do dia 27.

Em primeiro lugar, não podemos eximir a culpa do governo Requião/Pessuti de um lado e de outro a posição atrelada da direção do sindicato, por termos terminado mais um ano sem conquistas importantes.

 Continuamos com baixos salários, mais de um ano se passou e nada do pagamento dos avanços, continuamos em número insuficiente e agora, professores sem receber salários. Chegamos ao fundo do poço! Infelizmente, isso deve ser dito.

Ainda temos algumas tarefas importantes pela frente:

A primeira delas é nos antecipar às discussões de nossa pauta de reivindicações e nossos planos de atuação para 2011. Esse ano, a direção do sindicato sentou primeiro com o governo antes de discutir com a categoria e depois, somente nos informou qual seria a pauta (sem nenhum planejamento para a luta, já que para eles, o governos estava disposto a negociar tudo). Deu no que deu.

Logo no início de 2011, temos que forçar o sindicato a chamar uma assembleia para discutir nossa pauta de reivindicações para o ano e discutir um plano de lutas, vencendo assim essa posição de atrelamento e negociações de gabinete da direção do sindicato. Temos que chamar os educadores para discutir e aprovar essa pauta e os planos de luta, democraticamente.

Vamos juntos construir nossa luta!!!

A segunda questão é em relação ao congresso da categoria. O Congresso da APP deve ser o espaço mais democrático e amplo. Segundo o estatuto da APP, ocorre a cada 3 anos. Nele poderemos debater a forma como estão sendo encaminhadas as atividades do sindicato, a linha política do sindicato. É lá que poderemos votar o fim de todo esse atrelamento da direção do sindicato aos governos estadual e federal, defendido pela direção do sindicato e pela CUT, central a qual o sindicato é filiado.

Infelizmente, as luzes de 2010 estão se apagando e a direção do sindicato sequer se pronunciou pela realização do congresso que, para respeitar o estatuto e os trabalhadores em educação, deverá ser realizado ainda em 2010. Não podemos permitir que nos enrolem!

Pela realização do congresso da APP

A categoria tem o direito e o dever de intervir nos rumos do sindicato

Sabemos que o governo de Beto Richa será de muitos ataques ao setor público e a educação, certamente estará entre eles.

Temos o dever de retomar o modelo sindical que a direção da APP/CUT abandonou. Temos que defender um sindicalismo independente do governo e que se prepare para as lutas que virão. Conhecemos muitos colegas que não são filiados ao sindicato. Temos que conversar com esses colegas e dizer para se filiarem, na perspectiva de fortalecer a luta.

Temos que participar das assembleias e exigir da direção do sindicato um espaço para que todos possam debater suas propostas e que não fiquem somente nos informes intermináveis do governo, repassados pela direção do sindicato.

Convidamos todos a participar da assembleia do dia 27 de novembro (sábado) para debatermos essas e outras questões.

Vamos à assembleia, convide seus colegas!!!

Vamos começar a mudar os rumos de nosso sindicato