sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ocupação da reitoria da UEM


"Quem são vocês? SOU ESTUDANTE!"

Luana Diniz,
Juventude do PSTU
Coletivo ‘A manhã desejada – ANEL LONDRINA’

Essa foi a palavra de ordem mais entoada por cerca de 600 estudantes na tarde da última quinta-feira, dia 25, no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Alunos do campus de Maringá e os companheiros que cursam graduação nas extensões de Umuarama, Cianorte e Cidade Gaúcha, se uniram em uma mesma campanha. A razão do ato era o fim do prazo para a reitoria dar uma resposta concreta a respeito das reivindicações que exigiam a contratação de mais funcionários para o Restaurante Universitário (R.U.) realmente atender a demanda - aliás, as extensões nem R.U. possuem -, cardápio vegetariano, a construção da segunda unidade do R.U., pela retirada da pauta do Conselho de Administração do ponto que se refere ao financiamento estudantil por meio das fotocopiadoras e cantinas.
A pauta específica foi essa relatada acima, porém os estudantes protestam contra uma medida muito mais ampla que é o corte de verbas que acontece na universidade, uma realidade que não é uma particularidade da UEM, mas que vem ocorrendo em todo país. Com o repasse de verbas reduzido para a educação, o governo ataca cada vez mais o ensino já precário das instituições públicas. Se não bastasse o abandono da estrutura física de muitos prédios nos diverso campus espalhados pelo país, ainda há a falta de professores, laboratórios sem equipamentos necessários, ausência de políticas efetivas de acesso e permanência. Por essas razões, devemos intensificar a luta pelos 10% do PIB para a Educação, Já! por meio de ocupações, de discussões, de paralisações, nós temos que pressionar os governos estaduais e federal a atenderem nossa reivindicação de mais verba para a educação imediatamente! Só assim iremos transformar essa lamentável realidade na qual se encontra nosso ensino. Não queremos menos do que 10% PIB para a Educação! Investimento já por uma formação com qualidade e para todos.

Como foi o processo de ocupação
Concentração e caminhada: Deu-se início ao ato na tarde de ontem, quinta-feira, às 13h, quando houve uma concentração de todos os estudantes no DCE. Lá foi organizada a confecção de cartazes, decididas as palavras de ordem, e foi realizada a sistematização das lutas. Depois dessa sistematização, o grupo saiu do DCE em caminhada para a reitoria, e parou por alguns minutos uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Colombo. 
 Assembléia na Reitoria: Chegando à reitoria, os funcionários da administração, inclusive o reitor, já esperavam o movimento. Mas, os estudantes não queriam mais dialogar, pois  o prazo para a resposta da administração já havia acabado. Então, após uma breve fala burocrática do reitor, foi realizada a leitura do documento que continha a resposta da reitoria sobre as reivindicações. Voltas e mais voltas, e nenhuma demanda foi efetivamente cumprida. Então, em assembléia realizada no local, os estudantes decidiram ocupar o prédio da reitoria.
Ocupação da reitoria: Alguns membros da equipe de segurança agiram com agressividade em um primeiro momento, inclusive um dos guardas utilizou um dispositivo que emite choques elétricos contra os estudantes. Mas, a situação foi controlada - claro que muito mais pelo fato dos manifestantes não entrarem no jogo da equipe de segurança. Isso foi essencial para mostrar que o movimento não é fruto de espontaneidade, mas sim da construção das bandeiras de lutas com as bases das entidades estudantis. Então, o reitor pediu cinco minutos para liberar a porta para a entrada dos alunos, mas como o prazo combinado não foi cumprido, os estudantes ocuparam o local pelos fundos, e depois conquistaram também a entrada da frente. Uma parte dos funcionários abandonaram o prédio diante da ocupação, mas o reitor e algumas pessoas da administração resistiram a saída, pois queriam negociar que a ocupação da reitoria não prejudicasse os trâmites dos processos jurídicos da comunidade acadêmica. Os alunos concordaram para não prejudicarem processos de bolsas, e afins. Com a saída do reitor, os alunos realizaram a primeira assembleia. Foram criadas comissões da cozinha, limpeza, comunicação, cultura e segurança. A todo o momento foi frisada a importância de não depredar o patrimônio público, pois é uma luta legítima que deve ser levada com seriedade, por se tratar de um longo processo de construção das bandeiras com debates nas bases dos estudantes.

Balanço
Até o momento, o saldo da ocupação é muito positivo! Apesar de ainda não possuirmos uma resposta favorável por parte da reitoria, a mobilização continua firme no seu propósito. Desde ontem, o primeiro dia da ocupação, nós não tivemos menos de cem pessoas aqui na sede da reitoria. Os estudantes que possuem atividades para realizar se revezam no local, as comissões realizam seus trabalhos para que se mantenha a organização conquistada, os grupos produzem materiais de divulgação e espalham nas redes sociais para ganharmos visibilidade. Porque essa é uma luta de todos! Aqui na UEM estão os mesmos anseios dos nossos companheiros que estão na greve da UFPR, na também recente ocupação da UFSC, dos ativistas do Chile, da Líbia, de todos que estão lutando em todo o mundo para transformar nossa sociedade. Contamos com o apoio de todos na visibilidade desse processo!

É GREVE, É GREVE. ANASTASIA PAGUE O PISO QUE NOS DEVE

A greve dos profissionais da educação do Estado de Minas Gerais continua, ANASTASIA A CULPA É SUA!!!

Ontem, educadores de Minas Gerais apoiados por vários segmentos dos movimentos organizados, CSP Conlutas, CUT, CTB, MST, MAB, Brigadas Populares, parlamentares, professores da FAE-UFMG, Miguel Arroyo, sindicatos de outras categorias e estudantes deram uma lição de que a organização e a luta dos trabalhadores é o único caminho capaz de fazer, de mudar, de transformar.

Em greve desde o dia oito de julho, as ruas de Belo Horizonte foram tomadas por um gigantes movimento que chamaram à atenção da sociedade sobre a IRRESPONSABILIDADE E INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNADOR ANTÔNIO ANASTASIA com a educação de Minas Gerais no que se refere à qualidade da educação oferecida aos filhos dos trabalhadores, bem como, ao miserável salário pago aos profissionais da educação. A greve que já dura quase três meses tem seu legítimo movimento de reivindicação pela imediata implementação do PISO SALARIAL NACIONAL instituído pelo governo federal desde 2008 e exigência de um plano educacional que tenha qualidade em sua intervenção.

A palavra de ordem agitada era “é greve, é greve. Anastasia pague o piso que nos deve”

GREVES EM TODO O PAIS

DILMA, FAÇA LEI SER CUMPRIDA


Outra intransigência que vale ser denunciada é a do governo federal, o governo petista de Dilma Roussef, que nos deixou à nossa própria sorte no embate com os governos estaduais. Ou seja, implementou a LEI, mas não exigiu dos governos a sua imediata implementação. Ao que tudo indica, a estratégia do governo de Dilma era ficar bem na foto com os educadores em todo Brasil e ao mesmo tempo ser conivente com os governos estaduais da não aplicabilidade do PISO. Agora não tem mais desculpas, o STF publicou o acórdão da decisão que diz que a lei é legal. 

Sabemos que a lei do piso tem valores bem rebaixados e que é para uma jornada de 40 horas semanais, mesmo é assim significaria um aumento salarial para os trabalhadores em várias regioões do país. Ainda temos que lutar pelo piso do DIEESE para 20 horas de trabalho sendo 50% de hora atividade.

Os levantes dos profissionais da educação desmascararam tanto os governos estaduais, como o governo federal na sua falta de compromisso com educação dos filhos dos trabalhadores, que são, em última instância, os que dependem da educação pública e de qualidade. Os movimentos tomaram as ruas e deram uma lição do que são capazes de fazer para que a lei seja cumprida. Podemos considerar então que o ano de 2011 ficará marcado como o ano em que educadores de todo Brasil tomaram as ruas para denuncia a tática dos governos em jogar em cima dos trabalhadores a crise do capital. Eles produzem suas crises e querem nos fazer pagar por ela.

EM BH E BRASILIA A LUTA CONTINUA

Mas o cenário da luta de classe que eclodiu nestes últimos anos, no caso da educação, vem localizando os trabalhadores da necessidade de perceberem que o PT e suas centrais chapa branca, como a CNTE e CUT, não estão do lado da unificação das lutas. Temos que seguir construindo alternativas para libertação da classe trabalhadora.

O ato que aconteceu em Brasília neste dia 24/08, onde a CSP CONLUTAS (Central Sindical e Popular ), ANEL (Associação Nacional dos Estudantes Livres), INTERSINDICAL e outros segmentos dos movimentos sacudiram Brasília com cerca de vinte mil trabalhadores e estudantes e fizeram ecoar nos quatro cantos do mundo a crise do capital que a burguesia produziu e quer, a qualquer custo, jogar em nossas costas.

A política de baixos salários, congelamento dos salários dos aposentados, a não implementação do PISO SALARIAL NACIONAL e aplicação dos 10% do PIB já para educação pública, fazem parte destes cenários caótica contra os trabalhadores do Brasil e do mundo. Não é a toa que eclodiram lutas em âmbito nacional. Os chilenos, ingleses, brasileiros têm nos orientados que não nos resta outras alternativa que protagonizarmos nossos levante. A libertação da classe trabalhadora contra a exploração e opressão serão frutos dos nossos próprios levantes. Portanto, trabalhadores do mundo todo uni-vos, pois quando os de baixo se movem, ou de baixo caem e só a luta muda a vida.

A próxima assembléia ocorrerá no dia 31 de agosto, as 14 horas no pátio da assembléia legislativa.

Fátima Caldas e Gustavo Olímpio

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http://educacaoemlutamg.blogspot.com/

Ocupação Reitoria - UEM A oposição APP de luta, pela base apoia os estudantes. 10% do PIB já!!!