segunda-feira, 27 de junho de 2011

Direção da APP contraria decisão de assembleia

Em nossa última assembleia estadual, ocorrida na cidade de Maringá, a oposição fez uma proposta de que a próxima reunião da APP com o governo para discutir o auxílio transporte dos funcionários (tanto a questão do recebimento por aqueles que tem direito e ainda não recebem e também a equiparção ao valor que o professor recebe para 40 horas) deveria ter somente um ponto de pauta, ou seja, que fosse específica para tratar esse tema. 

Infelizmente, apesar da proposta ter sido aprovada por consenso, a direção do sindicato não encaminhou dessa forma. Como podemos observar no site da APP, mais uma vez a direção da APP jogou a reivindicação dos funcionários para que se diluísse em uma infinidade de promessas por parte do governo. Mais uma vez a direção do sindicato virou as costas aos funcionários.Vejam parte da matéria postada com o título: "APP e SEED debatem finanças do estado". 

http://www.appsindicato.org.br/Include/Paginas/noticia.aspx?id=5898

"Outros itens - A APP também cobrou o pagamento das promoções e progressões em atraso, a transformação do vale-transporte dos funcionários CLT, ParanáEducação e PSS em auxílio transporte como dos funcionários do Quadro dos Funcionários da Educação Básica (QFEB). Segundo Wekerlin, a Seed realizou uma reunião com os secretários da Fazenda, Administração e Planejamento, para tratar de todos os pontos pendentes relativos às finanças para pagamentos imediatos. "

Por que  queremos uma reunião com ponto específico?


Para nós funcionários, a questão do auxílio transporte para todos e com o mesmo valor pago aos professores é um direito do funcionário e tem de ser negociado imediatamente, em ponto único, para que o governo resolva imediatamente essa vergonhosa injustiça. 


Não podmeos mais aceitar que esse ponto fique para fins de reuniões , onde tudo se promete e nada se resolve. Entendemos que o ocorrido é uma falta de respeito às deliberações da assembleia e  às justas reivindicações dos funcionários de escola.

Reivindicamos que a direção da APP corrija imediatamente esse erro e marque a reunião com o governo para podermos resolver essa situação vergonhosa o mais rápido possível. Como mostra a própria matéria, sabemos que o estado tem dinheiro. O que falta é vontade política de ambos os lados!

Assine o manifesto em defesa da luta do SEPE

Para apoiar a manifestação:
Petição Manifesto dos Educadores e Defensores da Causa da Educação Pública em Solidariedade a Luta dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro 
http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N11624

MANIFESTO DOS EDUCADORES E DEFENSORES DA CAUSA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA EM SOLIDARIEDADE A LUTA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Após infrutíferas tentativas de negociação, que se arrastam por anos, os profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro, em concorrida Assembléia, realizada no dia 7 de junho de 2011, decidiram deflagrar greve. Atualmente, um professor graduado recebe R$  750,00 brutos e um funcionário tem piso de 433,00. Somente em 2011, 2,4 mil professores pediram exoneração por completa falta de perspectiva de valorização profissional. 

A questão afeta a formação de novos professores nas universidades, pois, concretamente, muitos avaliam que a opção pela educação pública implica privações econômicas insuportáveis. As principais reivindicações da greve objetivam criar um patamar mínimo para que a escola pública estadual possa ser reconstruída: reajuste de 26%, incorporação da gratificação do “Nova Escola”, liberação de 1/3 da jornada de trabalho para preparação de aulas, atendimento a estudantes, participação em reuniões etc., eleições diretas nas escolas e melhoria da infraestrutura geral da rede. 

Compreendemos que a greve não é episódica e conjuntural. Ao contrário, está inscrita em um escopo muito mais amplo: objetiva sensibilizar a sociedade brasileira para uma das mais cruciais questões políticas não resolvidas da formação social brasileira: o reduzido montante de recursos estatais para a educação pública acarretando um quadro de sucateamento da rede pública e a paulatina transferência de atribuições do Estado para o mercado, por meio de parcerias público-privadas. 
Interesses particularistas de sindicatos patronais, de corporações da mídia, do agronegócio e, sobretudo, do setor financeiro arvoram-se o direito de educar a juventude brasileira. Para montar máquinas partidárias, diversos governos abrem as escolas à uma miríade de seitas religiosas retrocedendo no valor da escola laica. 
Estamos cientes de que não é um exagero afirmar que o futuro da escola pública está em questão. A luta dos trabalhadores da educação do Rio de Janeiro é generosa, resgata valores fundacionais para uma sociedade democrática e, por isso, nos solidarizamos, fortemente, com a luta em curso. Os recursos existem, desde que a educação seja uma prioridade. Por isso, instamos o governador Sérgio Cabral a negociar de modo verdadeiro com o SEPE, objetivando resolver a referida agenda mínima e a restabelecer o diálogo com os educadores comprometidos com a educação pública, não mercantil, capaz de contribuir para a formação integral das crianças e dos jovens do Estado do Rio de Janeiro. 
Rio de Janeiro, 20 de junho de 2011