quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chile faz greve geral em busca de reformas


Trabalhadores do Chile começaram nesta quarta-feira uma greve geral de 48 horas.  Eles cobram reformas profundas, entre elas a educação pública e gratuita, do governo do presidente Sebastián Piñera, que assumiu no início do ano passado.


A greve deve atingir 80 setores parando escolas, universidades, hospitais, transporte, mineração, serviços públicos, serviços e diversos segmentos da economia do país.


A paralisação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), central chilena, e vem sendo organizada pelos estudantes e professores que estão em luta há quase três meses, por partidos de oposição e organizações de esquerda.


Sindicalistas, estudantes e outros setores da sociedade chilena reivindicam a substituição da Constituição chilena, que ainda é do período do regime militar, e que concentra fortes poderes nas mãos do presidente.


Na terça-feira, milhares de chilenos fizeram um “panelaço” em Santiago, na véspera da greve geral, reunindo milhares de pessoas no centro de Santiago e na popular Praça Ñuñoa, no leste da capital. O protesto em Ñuñoa reuniu famílias, idosos e até crianças, que participaram alegremente, apoiados por um “buzinaço” de carros que passavam pela região.


Há muito não se via no Chile mobilizações como essas, com intensa participação popular.

Jornada de Lutas: Vamos a Marcha a Brasília nesta quarta-feira (24)


Manifestações estão ocorrendo em diversas cidades e agora é hora de unificá-las e mostrar a força desses trabalhadores na Marcha a Brasília nesta quarta-feira (24). São esperadas cerca de 20 mil pessoas organizadas em caravanas com delegações de várias localidades do país.

Cada categoria levará sua própria reivindicação, mas com bandeiras unificadas, contra a política econômica do governo, por aumento geral de salário, em defesa da educação e da saúde públicas, pelo fim do Fator Previdenciário e pela redução da jornada de trabalho.

A concentração do ato será no Estádio Mané Garrincha próximo da Via N Um Oeste. A manifestação se unificará aos companheiros do MST, que realizam em Brasília a Jornada de Lutas pela Reforma Agrária.

A Marcha terá início às 9h e seguirá até a Praça dos Três Poderes, passando pelo centro da cidade e pela rodoviária. Os manifestantes darão uma volta em torno do Congresso Nacional e um ato no gramado em frente ao Congresso. O horário de encerramento da manifestação está previsto para as 13 horas.

Uma ala em defesa da Educação, identificada com camisetas, cartazes, faixas e adesivos, será um dos destaques na marcha.

Outras atividades estão sendo programadas nesse grande dia de lutas. Servidores públicos, integrantes do movimento popular e estudantes, realizarão plenárias, reuniões com os órgãos públicos e manifestações e prometem sacudir Brasília.

Após o ato haverá uma plenária nacional, na tenda armada pela Condsef, na Esplanada dos Ministérios, onde será realizada a plenária pelos “10% do PIB para a educação pública já!”.

É importante que todos levem bonés, protetor solar e se hidratem durante a passeata, dadas as condições do clima de Brasília.

Foi dada a largada: confira as manifestações que ocorrem de Norte a Sul do país na Jornada de Lutas

A CSP-Conlutas, junto com outras entidades combativas, realiza nesta semana a Jornada Nacional de Lutas, de 17 a 26 de agosto. Trabalhadores, estudantes, movimento popular e de luta contra as opressões preparam atos, passeatas, paralisações, assembleias e diversas formas de manifestações que culminarão num grande ato em Brasília na próxima quarta-feira (24).

O objetivo da iniciativa é protestar contra os ataques promovidos pelo governo de Dilma Rousseff aos trabalhadores e ao conjunto da população como, por exemplo, o corte de R$ 50 bilhões do orçamento.

A CSP-Conlutas se posicionará contraria ao projeto “Brasil Maior”, que dá incentivos fiscais às grandes empresas, principalmente, multinacionais. Também será denunciada pela Central a verba de R$ 40 bilhões entregue às empreiteiras para obras da Copa e das Olimpíadas.

“São bilhões de reais entregues aos empresários, mas são negados reajustes salariais para as categorias que estão em campanha salarial sob o argumento de que ‘é preciso manter a economia estável’ e é vetado o aumento real dos aposentados”, salienta o dirigente da Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

A jornada também pretende fortalecer e unificar as mobilizações que vem acontecendo no país e as campanhas salariais, entre elas, bancários,