sexta-feira, 10 de junho de 2011

Professores de Santa Catarina fazem assembleia de greve com 15 mil

 Na ultima quinta-feira, 09/06, aconteceu a maior Assembléia da história do magistério em Santa Catarina. 15 mil pessoas lotaram a Passarela do Samba Nego Quirido, em Florianópolis. Foram 231 ônibus de todas as regiões do estado, e o sentimento que reinou entre os presentes era de unidade, que se comprovou pela votação unânime de continuidade da greve.

Os professores, que até agora não receberam nenhuma proposta à altura das mobilizações e das lutas que vêm travando, com uma demonstração da mais pura democracia operária, decidiram que o comando de greve deveria apresentar uma contra-proposta ao governo. Nela está contida a exigência de que o piso seja aplicado no vencimento e na carreira sem que se perca a regência de classe que o governo quer tirar dos professores.

O governador Raimundo Colombo (PSD) insiste em dizer que não há dinheiro, que o piso estoura o orçamento, e chegou ao cúmulo de sugerir que as reivindicações dos trabalhadores em educação eram uma extorsão do estado. Porém, quando colocam isso, esquecem de dizer que em Santa Catarina o dinheiro do FUNDEB é distribuído entre a Assembléia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e o Tribunal de Contas, poderes que não têm responsabilidade direta pela educação fundamental e média. Além disso, dos 25% da arrecadação que devem ser investidos na educação, apenas 22% são repassados, ou seja, 3% a menos do que o previsto. Os professores sabem que há dinheiro. O que não há é prioridade com a educação.


Em algumas regionais do interior, houve um ensaio da CUT em propor a retirada da greve, porém a categoria não permitiu que isso acontecesse e impôs através da democracia que não fossem aceitas as migalhas oferecidas pelo governador até agora.

O sentimento da categoria agora é a unidade para enfrentar as próximas semanas, buscando o apoio da população e fazendo essa que é a maior greve da história do estado. Do outro lado, o do governo, o sentimento só pode ser de medo, pois aquele que dizia que não receberia mais os professores, que as negociações terminaram, marcou, depois da linda manifestação de 15 mil pessoas, uma audiência para negociar, na próxima terça, dia 14.

Os trabalhadores em educação não permitirão que suas conquistas sejam retiradas, lutando até o fim para que a lei seja cumprida. No que depender dos educadores catarinenses, Santa Catarina vai tremer nos próximos dias.




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