quarta-feira, 28 de março de 2012

Governo apresenta proposta que não contempla as reivindicações da categoria. Assembleia sábado decidirá se educadores aceitam ou não a proposta

Ontem à tarde, em reunião com a direção da APP sindicato, o governo do estado apresentou sua proposta para a campanha salarial da categoria. Vale lembrar que nossa pauta para a campanha desse ano gira em torno da exigência de aplicação da Lei do Piso (salário e hora atividade), da alteração do plano de carreira dos funcionários (elevações, equiparação do auxílio transporte), aumento real para os funcionários (índice de 14,13%) e também a questão do novo plano de saúde.

Infelizmente, como era de se esperar, o governo enrolou novamente a categoria apresentando propostas muito aquém do que estamos reivindicando e novamente prometeu que no futuro cumprirá nossas reivindicações. Vamos pontuar as questões principais:

Lei do Piso: Em relação ao cumprimento da lei do Piso Salarial Nacional, o governo fez uma proposta de pagamento em três parcelas, sendo a primeira em nossa data base (6,5%-IPCA), a segunda em julho (5,95%) e a terceira em outubro (5,95%). Porém, o governo não irá pagar o retroativo a janeiro e nem implementará os 33% de hora atividade (já prometido o ano passado que seria para esse ano).

Funcionários: No caso dos funcionários, mais uma vez o governo não avançou em nada em relação às nossas propostas. A proposta do governo é de pagar o IPCA e mais nada. Não houve avanço em relação à equiparação do auxílio transporte e disse que debaterá a proposta dos avanços para agentes I e II. Pior que isso é observar o silêncio da direção da APP sobre os cortes dos agentes II nas secretarias e bibliotecas das escolas.

Plano de saúde: Mais uma reunião agendada e mais uma proposta de data para a apresentação do plano. De concreto, nada.

Outros pontos foram repassados no informe, como o cargo de 40 horas, a questão do aumento da gratificação de diretores, o pagamento em atraso das promoções do PDE 2009. Porém, mais do mesmo: promessas de mais estudos, propostas de pagamentos no próximo mês, toda essa enrolação que já sabemos bem. Pior, pelo informe da direção da APP, parece que estão contemplados pela proposta!

Diferente da posição da direção da APP em considerar a reunião produtiva, nós da oposição entendemos que essa reunião mais uma vez nos mostra que o goveno Beto Richa (PSDB) não tem interesse algum em investir na educação. Diferente do que disse em campanha eleitoral, esse governo não cumpre sequer a lei do Piso Salarial Nacional para professores. Mais uma vez joga os funcionários para escanteio e ainda ataca a educação, como é o caso da redução do número de agentes II nas escolas.

Entendemos que essa proposta do governo tem de ser rechaçada pela categoria e uma nova propsota deve ser construída pelos educadores na assembleia de sábado. Por isso, chamamos todos os educadores a participar da assembleia estadual da categoria, a ser realizada no próximo sábado (31 de março), às 8h30min, no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba. Procure o seu núcleo sindical regional e dê seu nome para reservar seu lugar.

Pelo cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Nacional (salário e 33% de HA);
Pagamento imediato de todos os avanços em atraso;
Por 14,13% para funcionários já!
Mudança na carreira dos funcionários: avanços para pós (agentes II) e graduação (agentes I) e equiparação do valor do auxílio transporte;
Nenhuma aula a menos! Não à proposta de diminuição de aulas e nenhum funcionário a menos!

3 comentários:

  1. As conquistas acontecem com negociação. Radicalismo não resolve nada e gera instabilidade, desgaste, etc. A proposta não está totalmente de acordo...concordo...mas houve avanço! Temos que reconhecer!

    ResponderExcluir
  2. É muita falta de sacanagem isso!!!
    Prof. Gerson, eu acho que o avanço mesmo que pequeno está ocorrendo só para os profes na maioria das vezes, e nós funcionários ficamos a ver navios...

    ResponderExcluir
  3. As negociações não têm avançado. Cadê a Hora-atividade para os professores, a equiparação de aumentos para os funcionários? E o que falar do piso, que não foi calculado com base nos pagamentos retroativos a janeiro, e que além de tudo consome a parcela da equiparação de 2013? O sindicato, ao invés de repudiar as propostas do governo, as maquiaram e quem esteve na Assembleia dia 31 viu como manobraram para evitar que a proposta de refugo à esmola do governo conquistasse votos.

    ResponderExcluir