A Faculdade de Ciências Humanas (FASCH), símbolo de resistência
estudantil à opressão nos últimos anos, no Haiti, foi alvo na última
sexta-feira (15), de momentos de tensão. Os soldados da Minustah
(Missão de Estabilização da ONU), conhecidos como “capacetes azuis”,
invadiram a instituição, provocaram cenas de pânico e ainda feriram
várias pessoas. Os alunos foram vítimas de agressões físicas e tiveram
que fugir das balas de borracha lançadas pelos soldados.
Os para-brisas de pelo menos dois veículos também foram quebrados.
Denunciada na imprensa como uma verdadeira provocação, após o alerta
do reitor da Universidade Estadual, o coordenador de FASCH, Hancy
Pierre, ter declarado que a invasão militar interrompeu uma reunião
conjunta que se realizava naquele momento.
Estudantes e professores foram surpreendidos quando centenas de
agentes mascarados do batalhão brasileiro entraram na Faculdade sob
pretexto de tentar recuperar uma granada lançada, mas que não chegou a
explodir.
Vários alunos denunciaram os fatos à Rádio Kiskeya, exigindo das
autoridades a saída imediata das forças de ocupação e acusando a ONU de
ser particularmente responsável pela epidemia mortal de cólera no país.
A Minustah ainda não tinha respondido até esta noite (domingo, 17 de
junho) sobre o ataque injustificado e a invasão do espaço
universitário, considerado totalmente inviolável pela Constituição do
país.
Presente no Haiti desde 2004, as forças da ONU têm cerca de 10.000
soldados e policiais de diversos países, sob o comando brasileiro.
Comunicado da Rádio Kiskeia, enviado por Batay Ouvriye
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