quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Carta de apresentação: APP de Luta, Pela Base – Chapa 2 - Maringá

Educadores;

A chapa 2 -  APP de Luta, Pela Base - vem até você para dialogar sobre um momento muito importante de nossa vida profissional; a eleição de nosso sindicato.
O sindicato é sem dúvida alguma um importante mecanismo conquistado através de muita luta e que serve para organizar e mobilizar o conjunto da categoria para debater e reivindicar seus direitos na luta cotidiana entre patrões/governos e empregados. Muitas conquistas que hoje temos como “naturais” se deram através de muito enfrentamento.
Porém, isso não é o que ocorre em nosso sindicato. Infelizmente, de alguns anos para cá, a atual direção da APP optou por uma concepção de sindicato onde se entende como importante a negociação permanente, a colaboração de classe e tem como característica a substituição dos trabalhadores pela direção do sindicato.
Podemos observar que não existem mais as grandes mobilizações, os debates sobre a corrupção, o papel do FMI e Banco Mundial na educação, a insuficiência de verbas e, por outro lado, o questionamento dos lucros dos banqueiros, industriais e latifundiários. E no nosso caso específico, chegamos ao absurdo de ver a direção do sindicato, por várias vezes, procurar o governo antes de procurar os educadores. Inúmeras vezes as assembleias apenas foram palco para referendar o que já estava dado como certo entre direção do sindicato e governo.
 Essa concepção sindical é muito perigosa. Satisfeitos em propagandear as concessões governamentais transformadas em conquistas, estão cada vez mais despolitizando e desmobilizando os educadores.
É por isso que desde o último congresso de nossa entidade, em 2007, a oposição sindical vem debatendo a necessidade de romper com a acomodação de um mesmo grupo que há vários anos dirige o sindicato e, principalmente, com uma característica mais acomodada ainda. Excluir a parte vermelha.
Queremos construir um sindicato próximo à categoria. Queremos ir até as escolas, fazer o debate, fortalecer as organizações por local de trabalho (OLTs) e reacender o debate entre os educadores de qual é a melhor saída para construirmos uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade, com salários e condições de trabalho que sejam satisfatórios.
Mais que isso. Defendemos retomar a concepção de sindicato com independência política e financeira em relação aos governos, com autonomia em relação aos partidos políticos e com suas decisões pautadas pela ampla democracia dos trabalhadores.
Não precisa ser um grande observador para perceber que os reajustes salariais calculados pelo IPCA nos deixam com poder de compra cada vez menor; boa parte dos trabalhadores em educação possui empréstimos bancários; outra grande parte já se encontra endividada; as condições de trabalho estão cada vez piores e o índice de stress cada vez maior; as doenças são cada vez mais freqüentes.
Não é isso que queremos. Estamos cada vez mais perdendo espaço e direitos. Precisamos revigorar, (incluir esta virgula) voltar à base e lutar. Não negamos a negociação, mas não podemos concordar com a submissão.
Até dia 22 de setembro teremos muitos momentos para o debate. Leia nosso material; questione, entre em contato conosco; E se tiver afinidade com nosso programa, seja bem vindo (a).

Visite o blog da oposição: www.appdeluta.blogspot.com
telefone: (44) 9825-5441 

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